A 33ª edição da CAN começa este domingo, pelas 16 horas, com a partida entre os Camarões e o Burkina Faso, referente ao Grupo A. No total, serão 24 as selecções que vão encantar África, numa prova que, cada vez mais, é acompanhada um pouco por todo o mundo.
Esta mediatização está relacionada sobretudo pelas estrelas que actuam nos campeonatos europeus, surgindo Mohammed Salah, astro do Liverpool, como “cabeça de cartaz”, num quadro em que podemos incluir, por exemplo, Mahrez e Slimani (Argélia), Sadio Mané (Egipto), Edouard Mendy e Koulibaly (Senegal), Thomas Party (Gana), Aubameyang (Gabão), Haller (Costa do Marfim), Ndidi (Nigéria), Achraf Akim (Marrocos) e Choupo Moting (Camarões).
Voltando ao jogo inaugural, os Leões Indomáveis, treinados pelo português António Conceição e anfitriões do torneio, são candidatos ao título, enquanto o rival pode assumir papel de “outsider” depois do terceiro lugar garantido em 2017, sob comando do compatriota Paulo Duarte. No mesmo dia, pelas 19 horas, Cabo Verde, com cinco jogadores a actuar em Portugal, defronta a Etiópia. O favoritismo pertence aos Tubarões Azuis que sonham com a presença nos oitavos-de-final.
Carlos Queiroz é outro luso que tem o primeiro lugar como ambição, ao serviço do Egipto. José Peseiro, igualmente natural de Portugal, ambiciona também a medalha de ouro, mas estará na CAN apenas como observador. Por outro lado, Luís Gonçalves lutou até ao fim pela presença nesta fase final, como seleccionador de Moçambique.
Guiné-Bissau, com 11 convocados que representam clubes portugueses, concentra, também, atenções, tendo estreia agendada para as 19 horas do dia 11 perante o Sudão. A meta dos guineenses é atingir os oitavos-de-final.
Poder argelino
Argélia, actual detentor do troféu, é outro forte candidato ao primeiro posto, e, por isso, espera arrecadar 4,5 milhões de euros. No lote de favoritos surgem Senegal, Marrocos, Costa do Marfim, Gana e Nigéria. Destaque, igualmente, para as estreias de Comores e Gâmbia.
Mesmo que não conquiste a CAN, o Egipto manter-se-á como a nação com mais troféus: tem sete, mais dois do que os Camarões. Os principais perseguidores são Gana e Nigéria, que totalizam quatro e três primeiros lugares, respectivamente.
Covid-19 dramático
A Covid-19 é o principal problema que as selecções africanas estão a enfrentar, surgindo a Gâmbia no topo dos infectados, com 16 casos. Refira-se que Mohammed Salah testou positivo. Cada equipa é obrigada a competir, com um mínimo de 11 futebolistas disponíveis, mesmo que não tenha guarda-redes.
Constituição dos Grupos:
A – Camarões, Burkina Faso, Cabo Verde e Etiópia.
B – Senegal, Zimbabué, Guiné-Conacri e Malawi.
C – Marrocos, Gana, Gabão e Comores.
D – Egipto, Nigéria, Sudão e Guiné-Bissau.
E – Argélia, Costa do Marfim, Serra Leoa e Guiné Equatorial.
F – Tunísia, Mali, Gâmbia e Mauritânia.
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Foto: CAF