O antigo avançado continua a ser aclamado pelos adeptos do Benfica e a ser respeitado por todos simpatizantes do futebol português e angolano onze temporadas depois de ter colocado um ponto final na carreira.
O Alverca foi, em 1999/2000, o primeiro clube europeu de Mantorras, mas podia ter sido o Barcelona, por intermédio de Jorge Mendes, um dos melhores agentes do mundo. Contudo, não houve acordo devido a divergências financeiras.
No final de 1998/1999, a equipa ribatejana subiu ao principal escalão e, perante os melhores do futebol português, o antigo futebolista impôs rapidamente indelével talento no plantel liderado tecnicamente por Jesualdo Ferreira. As exibições foram coroadas com a transferência para o Benfica, onde reencontrou Luís Filipe Vieira – exercia funções como gestor desportivo na Luz,-considerado por Mantorras como “um pai”.
O ex-jogador não se intimidou perante o facto de representar um dos grandes de Portugal e manteve a tendência de precisar pouco tempo para mostrar as suas características: determinação, velocidade, técnica e instinto como goleador. Realizou a melhor época nos encarnados, em 2001/2002, com 13 remates certeiros e 33 partidas realizadas. O Barcelona surgiu, novamente, na rota do destino de Mantorras, mas a história repetiu-se. Ou seja, a transferência para o clube catalão não se concretizou.
Perspectivava-se, com natural legitimidade, um futuro brilhante para Mantorras e que pudesse tornar-se num dos melhores jogadores da sua geração, mas os dias de sonho transformaram-se em pesadelo, por causa de lesão no joelho direito, o que originou quatro operações e pouco mais de dois anos sem competir: defrontou o Sp. Braga a 30 de Novembro de 2002, marcando um golo na vitória do Benfica, por 3-0, e só voltou a jogar a 8 de Janeiro de 2005, no dérbi com o Sporting. 1-0 foi o resultado final favorável aos leões. Na semana seguinte, frente ao Boavista (4-0) festejou o primeiro remate certeiro após a paragem.
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